Biorremediação
Tiago Rocha Freitas
Graduado em ciências Farmacêuticas - UFG-GO
Biorremediação
A contaminação do solo, aguas subterrâneas, sedimentos, aguas de superfície e ar traz uma grande preocupação em como tratar este meio ambiente de maneira satisfatória, sendo este um grande problema da sociedade industrializada. Para resolver este problema de forma sustentável ao meio ambiente podemos utilizar da biotecnologia (Kumar et al.,2011). Para reabilitar áreas contaminadas, vários pesquisadores buscaram otimizar os processos tecnológicos utilizando organismos vivos, desenvolvendo então a técnica de biorremediação (Vidali, 2001).
A Biorremediação é um processo biotecnológico que utiliza organismos vivos tais quais plantas e/ou micro-organismos para a degradação de poluentes em ambientes contaminados, visando diminuir a concentração destes poluentes aos níveis aceitáveis definidos pelas agências de controle ambiental. Tal prática é utilizada desde as primeiras civilizações, que colocavam organismos para reduzir contaminantes tóxicos. A partir do século XIX estas técnicas foram aperfeiçoadas, melhorando o processo de engenharia nelas envolvidos. Contudo o nome biorremediação foi adotado nas últimas décadas por qualquer processo que utiliza organismos vivos para a descontaminação do meio ambiente (Litchfield 2005).
Os processos biológicos de descontaminação utilizam geralmente organismos autóctones (microorganismos que podem ser encontrados no ambiente) ou introduzidos (em estado nativos ou geneticamente modificados) que degradam os xenobióticos, que resulta em estruturas mais simples e menos recalcitrantes que as moléculas originais, ou na mineralização dos xenobióticos, produzindo compostos quimicos: CO², H²O, NH³, SO4, PO4.
A biorremediação pode ser classificada in-situ onde o processo de tratamento ocorre no local contaminado, ou ex-situ que por sua vez ocorre em um local diferente do ambiente contaminado (Boopathy 2000).