bioquímica
A má absorção de glicose-galactose caracteriza-se por ser uma doença autossômica recessiva no cromossomo 22, o que gera a modificação ou não expressão de certo tipo de transportador destes monossacarídeos, o SGLT1. Sendo esta uma disfunção rara e com poucos avanços científicos no sentido de tratamento definitivo, este trabalho busca apresentar uma proposta para a solução deste problema, visto que os portadores têm uma vida de restrições e com expectativa reduzida.
2) REVISÃO
O SGLT1 é um transportador de glicose-galactose presente na membrana dos enterócitos, que fazem parte do epitélio de revestimento do trato intestinal dos mamíferos. Ele está associado ao co-transporte de sódio através da membrana, caracterizando um transporte ativo. O SGLT1 atua quando a concentração de glicose no lúmen é menor que a concentração no enterócito. Assim, há a necessidade de acoplamento de um processo favorável (transporte de sódio), criando uma força propulsora para o transporte de glicose.
Figura 1 – Representação do transporte de glicose pelo SGLT1
(Adaptada de http://www.misodor.com/ANATOFISIOINTDELGADO.php)
Este transportador serve como via de sinalização para que a absorção de glicose ocorra, possuindo alta afinidade pelo seu substrato, porém baixa capacidade de transporte. Quando os níveis de glicose sobem no lúmen intestinal, o transporte pelo SGLT1 sinaliza a mobilização de outro tipo de transportador de glicose, o GLUT2, que realiza um processo passivo. Uma implicação importante da função deste tipo de transportador é manter os níveis plasmáticos de glicose estáveis.
Na disfunção má-absorção de glicose-galactose, o transportador SGLT1 possui uma mudança em um resíduo de sua cadeia polipeptídica: um resíduo de Arginina é trocado por um resíduo de Triptofano na posição 135, anulando sua função (podem também ocorrer casos em que não há a sua expressão pela célula). Em consequência, o individuo portador desta disfunção não é capaz de