bioquimica ruminal
Introdução.
O principal objetivo da produção de bovinos de corte é a eficiente conversão de alimentos em carne, produzida com o mínimo impacto ambiental possível e disponibilizando um produto com as características de qualidade exigidas pelo consumidor (rico em proteínas e com pouca gordura saturada) de carne bovina.
Uma das características principais do ruminante é seu potencial para transformar alimentos ricos em fibra, que não podem ser eficientemente aproveitados por animais não ruminantes (entre eles o homem), em produtos de altos valores nutricionais, apreciados e bem pagos pela população humana. Isto é possível graças ao fato de que os processos evolutivos equiparam os ruminantes domésticos com uma série de adaptações de fisiológicas que lhes permitiram lidar com alimentos fibrosos, como as pastagens. Esta transformação é feita graças intensa atividade da flora microbiana presente no rúmen que permite a digestão de carboidratos, a hidrólize e biohidrogenação dos lipídeos da dieta e a produção de proteínas (proteína microbiana) posteriormente utilizada nos processos de síntese pelo animal.
Para atingir produções desejáveis, com o mínimo de impacto ambiental, este fantástico ambiente deve ser otimizado. Este ajuste fino da bioquímica ruminal tem sido perseguido nos últimos anos pelos nutricionistas através do conhecimento de alguns mecanismos de funcionamento das adaptações que regulam os processos de digestão e metabolismo, as estratégias reprodutivas e os hábitos de pastejo.
O presente trabalho visa apresentar alguns enfoques de como a otimização do ambiente ruminal pode ajudar a reduzir o impacto ambiental, melhorar a eficiência na conversão de alimentos em produtos como carne e leite e ainda e alguns efeitos da alimentação dos animais sobre a qualidade destes produtos.
*
Seminário apresentado na disciplina Bioquímica do Tecido Animal (VET00036) do Programa de
Pós-Graduação em