Biopoder - foucault
Primeiramente, Michel Foucault (Pronúncia francesa:AFI: [miʃɛl fuko]); Poitiers, 15 de outubro de 1926 — Paris, 25 de junho de1984) foi um importante filósofo e professor da cátedra de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France desde 1970 a 1984. Todo o seu trabalho foi desenvolvido em uma arqueologia do saber filosófico, da experiência literária e da análise do discurso. Seu trabalho também se concentrou sobre a relação entre poder e governamentalidade, e das práticas de subjetivação, sendo uma de suas mais notáveis ideias a do biopoder.
Tal conceito de biopoder (e biopolítica) foi cunhado originalmente por Foucault no primeiro volume do seu História da Sexualidade. A ideia de biopoder veio se juntar às reflexões sobre as práticas disciplinares, ambas técnicas de exercício de poder, particularmente a partir do século XVIII e XIX. As disciplinas se voltavam para o indivíduo, e para o seu corpo, para a sua normalização e adestramento através das diversas instituições modernas que esse indivíduo atravessava durante a sua vida (a escola, a caserna, a fábrica, o hospital, a prisão, e etc.). Eram instituições que docilizavam os corpos e os tornavam aptos à produção industrial, vigente enquanto produção central nessa fase do capitalismo. Segundo Foucault (1988), as disciplinas centravam-se “no corpo como máquina: no seu adestramento, na ampliação de suas aptidões, na extorsão de suas forças, no crescimento paralelo de sua utilidade e docilidade, na sua integração em sistemas de controle eficazes e econômicos”. O poder disciplinar age através da inscrição desses corpos em espaços determinados, do controle do tempo sobre eles (rapidez para maximização da produção e etc.), da vigilância contínua e permanente, e da produção de saber, conhecimento, por meio dessas práticas de poder (Machado,1979, p. XVII).
Se a disciplina agia sobre os indivíduos, o biopoder, segundo Foucault, agia sobre a espécie, “no corpo-espécie, no