Biomateriais
BIOMATERIAIS: DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÕES
Biomateriais foram definidos, primariamente, como material não viável utilizado em um dispositivo médico, com intenção de interagir com sistemas biológicos. Atualmente, a sociedade Européia de biomateriais na II Conferência de Concenso em 1991 estabeleceu uma nova definição para biomateriais, muito mais ampla e completa, em que biomaterial é todo material destinado a interagir com sistemas biológicos para avaliar, tratar, acrescentar ou substituir qualquer tecido, órgão ou função do corpo. Além dessa, outra definição completa para biomateriais foi feita por Willians (1987) segundo este, biomaterial é qualquer substância ou combinação de substâncias, exceto fármacos, de origem natural ou sintética, que podem ser usadas durante qualquer período de tempo, como parte ou como sistemas que tratam, aumentam ou substituem quaisquer tecidos, órgãos ou funções do corpo. A ANVISA define como sendo materiais e artigos de uso medico ou odontológico, destinados a serem introduzidos total ou parcialmente no organismo humano ou em orifício do corpo, ou destinados a substituir uma superfície epitelial ou superfície do olho, através de intervenção médica, permanecendo no corpo após o procedimento por longo prazo, e podendo ser removidos unicamente por intervenção cirúrgica. Os biomateriais devem apresentar como característica imprescindível a biocompatibilidade para que sua função no tratamento seja efetiva, ou seja, não deve ser toxico, carcinogênico, antigênico ou mutagênico, não deve interferir na cicatrização dos tecidos lesados durante o ato cirúrgico, e os tecidos do hospedeiro devem tolerar bem as propriedades biomecânicas dos materiais. Além disso deve ser fabricável, esterilizável e estável durante a implantação e quando necessário para a aplicação. Não pode ser corrosível nem degradável. Outra grande característica deve ser a biofuncionalidade, na qual as suas características físicas, biológicas e mecânicas