Biomateriais
Da indústria para o corpo humano
Materiais como cerâmicas, nylon, aço inoxidável e titânio são usados para substituir tecidos danificados e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. E os especialistas garantem: em poucos anos, será possível até produzir órgãos com biomateriais.
Aço inoxidável, titânio, cromo, cobalto, nylon, acrílico, cerâmicas, polietileno, silicone e PVC. Esta pode até parecer uma lista do que é necessário para fazer algum experimento, mas, acredite: esses e outros materiais são usados hoje no corpo humano para substituir tecidos, cartilagens, ossos danificados, realizar implantes dentários, reestabelecer funções orgânicas e até melhorar a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes. E esse avanço não deve parar por aí. Segundo especialistas, em um futuro próximo, a expectativa é de que as pesquisas abram caminho para a produção de órgãos.
De acordo com o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e presidente da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Engenharia de Tecidos e Orgãos Artificiais (Slabo), Luís Alberto dos Santos, os chamados biomateriais, produtos sintéticos compatíveis para utilização no corpo humano, são usados principalmente nas áreas de ortopedia, odontologia e em realização de implantes.
Em comum, todos têm duas características: a durabilidade e a resistência. “Os fluidos corpóreos podem ser comparados com a água do mar, por sua capacidade de danificar materiais. Por isso, cada produto usado dentro do organismo precisa ter grande capacidade de aguentar corrosão”, explica a professora do departamento de Engenharia Mecânica da