biomateriais
Shackelford (2008) define biomateriais como materiais projetados para aplicações na biologia e na medicina.
São materiais empregados em componentes que são implantados no corpo humano a fim de substituírem partes doentes ou danificadas. Dessa forma, devem produzir um grau mínimo de rejeição, ou seja, devem ser compatíveis com os tecidos do corpo e não causarem reações biológicas adversas, além de não produzirem substâncias tóxicas. (CALLISTER, 2008, p. 9, 612)
Com o desenvolvimento de novos materiais e o surgimento de padrões internacionais de desempenho exigidos aos biomateriais, novas temáticas foram incorporadas nesta subárea de concentração. Assim, não só os materiais para constituição de tecidos duros são investigados, mas também biomateriais destinados à substituição de tecidos mole.
Investigam-se também diversos aspectos do desempenho de materiais implantáveis, dentro do campo de estudo da biocompatibilidade, avaliando-se segundo padrões internacionais da ASTM e ISO, a interação de materiais com os sistemas biológicos relacionados à estabilidade química, toxicidade sistêmica, efeitos de interface.
Sendo o biomaterial utilizado para substituir todo ou em parte os sistemas biológicos, estes devem ser biocompatíveis, ou seja, devem atender ao requisito de funcionalidade para o qual foram projetados, provocando o mínimo de reações alérgicas ou inflamatórias, quando em contato com tecidos vivos ou fluidos orgânicos. Embora o conceito de funcionabilidade esteja associado à aplicação a que se destina. Assim, pode-se ter biomateriais metálicos, cerâmicos, poliméricos, compósitos ou biorecobrimentos e, para uma dada aplicação costuma-se haver mais de um material, e/ou processo de fabricação disponível.
Quando o implante é inserido em um corpo humano, dois principais aspectos devem ser considerados: a influência do meio fisiológico, que pode alterar a natureza e propriedades do material e o efeito do material do implante e de cada produto de