Bioluminescencia
Bioluminescência é a emissão de luz visível derivada da liberação química de fótons. A bioluminescência obedece a várias funções biológicas: comunicação interespecífica (para vagalumes, vários peixes e poliquetas do gênero Odontosyllis), proteção do ataque (para o crustáceo Cypridina e cefalópodos), atração de presas (no peixe sapo Porichthys notatus) e iluminação dos arredores (no peixe lanterna Photoblepharon sp.). Além das diferentes utilizações, a bioluminescência tem também diversos padrões de produção pelos organismos, sendo que ela pode ser de origem bacteriológica (simbiose) ou ser produzida pelo próprio animal de forma extra ou intracelular. Como um exemplo de bioluminescência, vemos o protozoário dinoflagelado Pyrodinium bahamenese (fig.1) presente nas águas da costa caribenha que cria um fenômeno magnífico, conhecido como “Baia Bioluninescente” (fig. 2).
Figura 1: Dinoflagelado Figura 2: Baia bioluminescente, causada pela
Pyrodinium bahamenese passagem do caiaque e a perturbação dos organismos.
A amplitude filogenética ainda difusa da distribuição entre os animais bioluminescentes indica uma provável evolução independente entre estes diversos grupos de organismos. Isto é mais evidente não só pelos diferentes usos para a bioluminescência, mas principalmente pelo mecanismo bioquímico por trás destas reações produtoras de luz.
A energia liberada sob a forma de luz por bioluminescência pode ser calculada pela fórmula: E = energia luminosa (KJ/mol de fótons); h = constante de Planck; = frequência; c = velocidade da luz; = comprimento de onda (nm).
Mecanismo da Bioluninescência:
Bioluminescência ocorre quando alguma parte da energia química de reações bioquímicas é liberada na forma de fótons de luz e não na forma de calor. Esta conversão de energia química para luz é devida principalmente à estrutura altamente "forçada" de proteínas chamadas Luciferinas