Bioluminescencia
BIOLUMINESCÊNCIA DE FUNGOS: DISTRIBUIÇÃO, FUNÇÃO E MECANISMOS DE EMISSÃO DE LUZ
A emissão de luz por animais e plantas tem inspirado a curiosidade e o interesse da humanidade, sendo alvo de investigações por vários naturalistas, físicos e fisiologistas, desde os tempos de Aristóteles.
A bioluminescência é a emissão de luz fria visível por seres vivos e é um fenômeno amplamente distribuído ao redor do mundo, sendo encontrado principalmente em oceanos. Várias espécies de bactérias, fungos, insetos, crustáceos, vermes terrícolas e marinhos são descritas como bioluminescentes.
Relacionados à bioluminescência fúngica, existem registros históricos sobre a emissão de luz de madeira e outros tipos de materiais celulósicos em decomposição e já no início foi notado que a luz emitida não era acompanhada de calor, além disso, na época os cientistas estavam mais atentos à emissão de luz do que aos organismos que a emitiam. Foi somente no século XIX que houve uma correlação entre causa e efeito, na qual foram mencionados os detalhes bioquímicos, como o substrato e as enzimas envolvidos na reação de emissão de luz. Essa emissão acontece porque em uma reação quimiluminescente forma-se um produto no estado excitado, mas esse produto tende a voltar ao seu estado fundamental que possui menos energia, então a liberação dessa energia extra acaba resultando na emissão de luz. O produto formado na reação quimiluminescente é chamado de emissor e essa reação é catalisada por uma enzima conhecida como luciferase. No caso particular da bioluminescência fúngica, existe a participação de mais uma enzima chamada redutase. Em todos os sistemas quimiluminescente conhecidos, a condição fundamental para a reação acontecer é a presença de oxigênio.
Recentemente, Oliveira e Stevani comprovaram que a bioluminescência fúngica realmente depende de uma redutase e de uma luciferase, como proposto na década de 60 por Airth e Foerster. Os autores confirmaram que o