Biologia em ação

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as como os fins. Por que há alguma coisa em vez de nada? Não sabemos. Nunca saberemos. Por quê (com que fim)? Também não sabemos, nem sequer se há um fim. Mas se é verdade que nada nasce de nada, a simples existência de alguma coisa – o mundo, o universo – parece implicar que sempre houve alguma coisa: que o ser é eterno, incriado, talvez o criador, e é o que alguns chamam de Deus.
Existira desde sempre? Ou antes, fora do tempo, criando a este como cria todas as coisas? Que fazia Deus antes da criação? Não fazia nada, responde Santo Agostinho, mas é que na verdade não havia antes (já que todo antes supõe tempo): havia só o “perpétuo hoje” de Deus, que não é um dia (que sol para medi-lo, se todo sol dele depende?), nem uma noite, mas que precede e contem cada dia, cada noite que vivemos, que viveremos, como também todos e todas que, incontáveis, ninguém viveu. Não é a eternidade que é no tempo; o tempo que é na eternidade. Não é Deus que é no universo; o universo é que é em Deus. Acredita nisso? Parece o mínimo. Nada, sem esse ser absolutamente necessário, teria razão de existir. Como ele não existiria?
Deus está fora do mundo, como sua causa e seu fim. Tudo vem dele, tudo esta nele (“é nele que temos o ser, o movimento e a vida”, dizia São Paulo), tudo tende a ele. Ele é o alfa e o ômega do ser: o ser absoluto – absolutamente infinito, absolutamente perfeito, absolutamente real – sem qual nada de relativo poderia existir. Por que existe alguma coisa em vez de nada? Porque Deus.
Dirão que isso não suprime a questão (por que Deus em vez de nada?), o que é verdade. Mas Deus seria esse ser que responde – ele mesmo, por si mesmo, em si

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