Biologia do conhecer e epistemologia
Programa de Mestrado em Educação
Componente Curricular: Educação e Epistemologia
Educador: Dr. Roque Strieder
Educando: Renato Franke
Reflexão sobre: BIOLOGIA DO CONHECER E EPISTEMOLOGIA
(MATURANA, Humberto, 2001, p. 19/80)
Maturana (2001) relata os experimentos com a “salamandra”, em que ao retirar o olho do animal, girá-lo 180 graus e colocá-lo de volta no lugar, e em seguida por um bichinho na frente da salamandra, ela que em condições normais lançaria a língua e capturaria o bichinho com precisão, irá girar sua língua para trás e, erra, pois não encontra o bichinho. Esse relato, e seu questionamento de que se alguém perguntasse se a salamandra poderia aprender a corrigir sua pontaria, e de que o ato te lançar a língua e capturar o bichinho não é um ato de apontar para um objeto externo, mas de fazer correlação interna, gera provocações muito interessantes com relação ao conhecimento sobre o fenômeno da cognição. Dessa forma, o autor se propões a apresentar um novo modo para o ser humano ver, seu olhar.
Maturana defende que é o observador quem espera que em uma salamandra, ao ser apresentada uma mosca em seu campo visual anterior, deve ser desencadeada uma resposta da língua em direção ao lugar onde ele, o observador, vê a mosca, e não em outra direção. Mas o mais interessante disso é que a salamandra não vê o bichinho externo neste ou naquele local, pois o que ela vê são suas correlações internas, ou seja uma excitação em um determinada região da retina se associa sempre ao arremesso da língua em uma determinada posição. Esse experimento, assim como o experimento das sombras coloridas em que Maturana afirma que não há possibilidade biológica de apreensão sensível, tampouco de distinção entre ilusões e percepções no momento em que as experienciamos, da evidências de que o que o motivou a fazer essa reflexão sobre o fenômeno do conhecer, é que as teorias cognitivas tradicionais não deram conta de explicar