Bioindicadores
EM ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL1
Michael Dave C. Goulart
Licenciado em Ciências com habilitação plena em Biologia (PUC-MG)
Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre – ICB-UFMG
Consultor da Fundação Estadual do Meio Ambiente – Feam
Professor da Faculdade de Pará de Minas – FAPAM
Marcos Callisto
Graduado em Ciências Biológicas (UFRJ)
Mestre em Ecologia – IB-UFRJ
Doutor em Ciências Biológicas (Biofísica) – UFRJ
Professor adjunto III de Ecologia na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Em todo o planeta, praticamente não existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou indireta do homem, como por exemplo, contaminação dos ambientes aquáticos, desmatamentos, contaminação de lençol freático e introdução de espécies exóticas, resultando na diminuição da diversidade de hábitats e perda da biodiversidade. O que se observa é uma forte pressão do sistema produtivo sobre os recursos naturais, através da obtenção de matéria prima, utilizada na produção de bens que são utilizados no crescimento econômico (Figura 1). O desenvolvimento gerado retorna capital para o sistema produtivo que devolve rejeitos e efluentes, além da degradação (muitas vezes irreversível) ao meio ambiente – poluição. Ao longo deste processo tem-se o progresso dos centros urbanos, às custas de degradação ambiental, diminuição da oferta de recursos naturais, gerando crise energética, diminuição da produção de bens, e a crise econômica (de Almeida et al., 1993). Além disso, temos ainda que considerar que em áreas com grande concentração da parcela miserável da sociedade, tem-se uma pressão ainda maior sobre os recursos naturais, decorrentes da total desinformação e falta de recursos, aliada às péssimas condições de vida. Como resultado, observa-se