Biografia

DISCUSSÃO DA BIOGRAFIA DE: RICARDO O NARRADOR
Na história de vida de Ricardo, do texto : Ricardo narrador, de Maria Cecília de Moura (2000), é possível observar o quanto os surdos são erroneamente interpretados pela sociedade, pessoas consideradas incapazes devido uma única limitação, a fala. Como afirma Ricardo em sua narrativa quando este cita que via família conversando e não entendia nada, situação que percorreu ao longo e alguns anos. Uma situação típica do universo dos surdos, já que algo semelhante pode ser visto no filme O país dos surdos, enquanto a família estar reunida durante uma refeição, o filho surdo fica totalmente isolado dos assuntos que estão acontecendo no ambiente familiar.
A vida de Ricardo começa a ser mudada quando aos oito anos de idade ingressou em uma escola na cidade de São Paulo, até então não conhecia a Língua de Sinais, embora não seja prioridade da escola o ensino da língua de sinais. Na escola Ricardo é “treinado” para falar, no entanto, fora da sala de aula passa a se comunicar com os por meio de sinais. Considerado uma pessoa triste devido a condição de inferioridade em que é colocado perante a sociedade. O que faz com que ele não tenha uma boa perspectiva para o futuro.
Moura (2000), faz uma interpretação para a narrativa da vida de Ricardo, e afirma que esta é a história de muitos surdos, embora esteja sendo tratada dentro de uma particularidade.
Ao tratar das aulas de Língua portuguesa, onde Ricardo era submetido a falar, este afirma que se sentia fraco, uma vez que os surdos são diferentes dos ouvintes, considerando esta afirmação, e baseada nos conceitos de Gesser (2009) entende-se que a oralização é um processo que não pertence ao mundo dos surdos, com isso: “ A oralização deixou marcas profundas na vida da maioria dos surdos (...). Oralizar é sinônimo de negação da língua dos surdos” (p. 50). Além das consequências supracitadas, ao lermos a história do então narrador é possível afirmar que o ensino de português