biografia de Virginia Woolf e análise da obra Orlando
1882 – 1941
Uma adolescente órfã, uma vida dividia com a irmã, sem regras, o casamento, o grupo Bloomsbury, a loucura, a quase morte, o lesbianismo, os livros, a glória, o reconhecimento, o feminismo e o suicídio.
A escritora teve uma ótima educação, desde cedo foi apresentada ao mundo literário, seus pais estimularam seus talentos, mas ao mesmo tempo teve uma infância conturbada. Quando criança sofreu abuso sexual por parte de seus meio irmãos mais velhos, aos treze anos perdeu sua mãe e com isso veio sua primeira doença mental diagnosticada, ela imaginava-se no papel de sua mãe. Logo após Virginia também perdeu seu pai. Além disso, a jovem testemunhou as duas guerras mundiais, o que contribuiu para que ela entrasse num mundo sem regras, onde sempre tinha crises.
Fez parte do grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais sofisticados que, passada a I Guerra Mundial, investiria contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana. Lá, ela conheceu Leonard Woolf, com quem se casou em 1912 e juntos fundaram, em 1917, a editora Hogarth Press, pois nenhuma outra editora aceitava publicar seus livros.
Virginia abortada questões feministas em sua escrita e vida.
Reconhecida em vida, apoiada pelo seu marido, igualmente escritor, Leonard Woolf, Virginia produziu nove romances, duas biografias, sete volumes de ensaios, vinte e seis cadernos de diários e um sem número de cartas. Os violentos tratamentos médicos a que foi submetida num hospício para “mulheres loucas”, que passavam por absoluto isolamento, proibição de qualquer atividade, incluindo a leitura e a escrita, com o conluio bem intencionado de seu marido e irmã, também teriam tido efeitos nefastos. Seu marido decidiu no início do casamento, aparentemente harmonioso, que ela não tinha resistência para ser mãe, o que Virginia Woolf sentiu como uma fragilização da sua identidade.
Sabe-se que Virginia teve um caso homossexual no qual foi apoiado pelo próprio marido.
As primeiras