Biografia de um lutador

1836, dezembro 4 – Nasce Quintino Ferreira de Souza, na rua da Lampadosa, atual Luís de Camões, nº 24 (local hoje ocupado pelo Gabinete Português de Leitura).
1850 – Tendo ficado órfão aos 13 anos, foi, aos 14, para São Paulo, onde iniciou o curso de Humanidades anexo a Academia de Direito de São Paulo.
1852-1853 – Começa a atividade jornalística escrevendo para O Acayaba, jornal literário acadêmico, e A Hora, jornal político que fundou com Ferreira Viana. Acompanhando a voga nacionalista entre os estudantes da época, adota o nome indígena de Bocaiúva, tirado de uma palmeira.
1854, janeiro 3 – Seu tio Pedro Moreno D’Aragão, farmacêutico em Valença (RJ), custeava os estudos do sobrinho em São Paulo.
1854 – Por falta de recursos, volta ao Rio de Janeiro, abandonando o curso em São Paulo. De volta ao Rio de Janeiro, passa a colaborar no Diário do Rio de Janeiro e no Correio Mercantil.
1857-1859 – Colabora ativamente no jornal O Paraíba de Petrópolis (fundado em 1857).
1860, dezembro 1 – Casou-se aos 24 anos, com Luísa Amélia de Almeida e com ela teve 5 filhos.
1865, dezembro 18 – Joaquim Saldanha Marino, diretor do Diário do Rio de Janeiro, assume, em Ouro Preto, a presidência da Província de Minas Gerais. O redator-chefe, Quintino Bocaiúva, assume a direção do jornal e convida Machado de Assis, na época com 20 anos, para escrever um noticiário e cobrir as sessões do senado.
*Diário do Rio de Janeiro: Periódico que retratava as mudanças do Brasil e da imprensa desde a emancipação até a metade do Segundo Reinado. Apelidado de “diário da manteiga”, porque custava o mesmo que uma porção daquele produto, o Diário publicava notícias locais – que variavam de calotes a assassinatos – e anúncios gratuitos. Conservador chegou a ter as suas oficinas depredadas em 1833 por imprimir pasquins que lutavam pela volta do Imperador Pedro I ao trono.
Em 1959 o Diário do Rio de Janeiro saiu de circulação e voltou no ano seguinte transformado em folha liberal sob a direção de