Militar talvez nascido em Roma, que como prefeito da província romana da Judéia (26-36), de acordo com a Bíblia cristã, no Capítulo 18 do Evangelho de João, foi o juiz que condenou Jesus Cristo (~4 a. C-30) a morrer na cruz, apesar de não ter nele encontrado nenhuma culpa nele. Suas origens são desconhecidas até que foi nomeado (26) pelo Imperador Tibério (42 a. C.-37) para ser o praefectus da Judéia em uma jurisdição chegava até a Samaria e a Iduméia, ficando praticamente com poder absoluto, embora subordinado ao governador da Cesaréia. Como prefeito tinha que manter a ordem na província e administrá-la tanto judicial como economicamente. Seu relacionamento com os judeus nunca foi tranquilo e como prefeito viveu anos turbulentos na Palestina por sua conduta abusiva, além de sua crueldade, com freqüentes execuções de prisioneiros sem julgamentos. Os evangelhos também conduzem ao entendimento que o prefeito não se dava bem com Herodes Antipas (21 a. C.-44), Rei da Galiléia e Pérsia (4 a. C.-37), e que o fato dele ter lavado as mãos e entregue Cristo para Herodes serviu para reaproximá-los em face da origem galiléia de Cristo, que ao se dizer Rei levava temor ao ao titular do trono galileu. Logo quando assumiu o governo, introduziu em Jerusalém as insígnias em honra a Tibério, o que deu origem a uma primeira revolta popular. Entenda-se que Jerusalém era uma cidade sagrada para os seguidores de Davi, e ele estava tentando introduzir na cidade os símbolos de que o Imperador Romano não só era a máxima autoridade no mundo terreno como, também, era uma divindade. O povo reagiu contra os símbolos do Imperador dentro da Cidade Santa e enviou os seus deputados a Cesaréia, na Síria, residência oficial do Procurador Romano, e veio a ordem para retirar todas as imagens. Contrariado em sua dignidade, ele se viu obrigando a levá-las para Cesaréia, o que provavelmente serviu para aumentar o seu rancor contra o povo judeu. Em outra oportunidade usou o dinheiro sagrado do Templo, a