Biografia de Marshall Berman
Marshall Berman (South Bronx, Nova York, 24 de novembro de 1940 — Nova York, 11 de setembro de 2013)1 foi um escritor e filósofo estadunidense de tendência marxista. Era também professor de Ciência Política do City College of New York e do Graduate Center da City University of New York, onde ensinava Filosofia Política e Urbanismo.
Sua obra mais conhecida é Tudo que é solido desmancha no ar, cujo título alude a uma frase do Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels. O livro é uma história crítica da modernidade,2 constituindo-se de análises críticas de vários autores e suas épocas - desde o Fausto de Goethe, passando pelo 'Manifesto' de Marx e Engels, pelos poemas em prosa de Baudelaire e pela ficção de Dostoiévski, até as vanguardas artísticas do século XX.
Outros dois outros livros de Berman - Aventuras no Marxismo e Um Século em Nova York - foram publicados em português.
Escreveu também inúmeros artigos sobre cultura e política. Era membro do conselho editorial da revista Dissent e contribuiu regularmente para a revista semanal The Nation e para o jornal The New York Times.
Em 11 de setembro de 2013, Berman sofreu um ataque cardíaco fatal, quando tomava café da manhã, em um restaurante.
Deixa a mulher, Shellie, e dois filhos.
MODERNIDADE E MODERNISMO
A partir das últimas décadas do século XX, o discurso filosófico concentrou-se nas questões da modernidade e da condição moderna. Em Tudo o que é sólido..., Berman apresentou sua definição de modernismo contrapondo-a às filosofias pós-modernas.
"Outros acreditam que as formas realmente distintas da arte e do pensamento contemporâneos deram um salto quantitativo para além de todas as diversas sensibilidades do modernismo e ganharam o direito de se chamar a si próprias de "pós-modernas". Quero responder a esses argumentos antitéticos, embora complementares, revendo a visão de modernidade que está no início deste livro. Ser moderno, eu dizia, é experimentar a vida