Biogeneses x Abiogeneses
As contradições existentes na Bíblia, a evolução das mentalidades e o desenvolvimento do conhecimento científico, levaram vários pensadores a interrogar-se sobre a verdade estabelecida em relação à origem da vida, isto é, que a vida teria tido origem a partir de uma entidade divina, que dera origem a todos os seres vivos e não vivos existentes na Terra (teoria criacionista). Surgiram então outras teorias entre elas a da Biogênese e a Abiogêneses.
As primeiras ideias apontavam para a criação espontânea a partir da matéria inanimada, ou abiogênese, essa teoria consistia na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta acreditava-se que as larvas de moscas presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material, Existiram verdadeiras “receitas” para produzir os mais diferentes tipos de seres vivos, desde pequenos insetos e vermes até crocodilos, “recomendando-se” a utilização de matéria orgânica em estado de putrefação. Entre os defensores da doutrina da geração espontânea destacavam-se Aristóteles (um dos proponentes), Thales, Platão, Epicuro, Demócrito, Isaac Newton, Paracelso, Goethe, Copérnico, Galileu, Harvey, Francis Bacon, Descartes. Para eles, havia um princípio que proporcionava a apenas determinados meios a capacidade de formação de novos seres: a da força vital. Partindo deste princípio, apenas quando se houvesse condições para esta força fluir é que tal fenômeno poderia ocorrer.
A teoria da geração espontânea só começou a perder sua credibilidade quando o cientista Francisco Redi no século XVII fez um experimento para provar que o crescimento de moscas e larvas de insetos a partir de carne em putrefação não se dava de forma espontânea, reforçando a ideia de que toda vida provem de uma vida já existente (Teoria da Biogênese). Em seu experimento utilizou frascos, cadáveres de animais e pedaços de carne. Cada frasco continha