Abiogênese X Biogênese
A teoria da abiogênese ou geração espontânea foi a primeira ideia proposta pela origem da vida e teve uma participação muito importante do filósofo grego Aristóteles. Naquela época, como Aristóteles influenciava o pensamento de muitas pessoas, e até de grandes cientistas, essa teoria foi muito aceita.
Nessa teoria, os seres vivos podiam brotar a partir da matéria orgânica. Sapos poderiam brotar dos pântanos, vermes brotavam das frutas. Um médico chamado Jan Baptista van Helmont elaborou uma receita de como fabricar ratos por geração espontânea, que consistia em colocar grãos de trigo em camisas sujas e esperar alguns dias. Ele estava tão envolvido com essa ideia que não foi capaz de imaginar que os ratos na verdade eram atraídos pela sujeira, e não brotavam nessa “receita”.
Defensores da Abiogênese
Jan Baptist Van Helmont
Químico e físico Belga (1579-1644), seguidor do mítico Paracelso. Atento observador da natureza. Para Helmont, a sabedoria era uma "dádiva de Deus". É hoje reconhecido pelas suas ideias e trabalhos sobre a abiogênese sendo exemplo a sua experiência da árvore. Foi quem introduziu a palavra “gás” no vocabulário científico.
Para van Helmont era impossível entender a "Criação" mas Deus teria deixado alguns meios para a sabedoria, que considerava uma "dádiva". Estes meios incluíam o estudo das escrituras sagradas, a reza, a meditação e a observação direta da Natureza. O seu método científico baseava-se na quantificação e na experimentação. Acreditava que apenas o Ar e a Água eram os principais constituintes da matéria e que destes apenas a água tinha características químicas, rejeitando os, implementados, 4 elementos de Aristóteles (ar, terra, fogo e água) e os três princípios de Paracelso (sal, enxofre e mercúrio).
Van Helmont tentou demonstrar a sua teoria pelo seu original método quantitativo, plantando uma árvore numa porção de terra de peso conhecido e durante 5 anos apenas água terá sido adicionada à planta.