Maximilian Alexander Philipp zu Wied
Foi o autor de Viagem ao Brasil, publicado por volta de 1820 com detalhadas descrições sobre tudo o que pôde observar. Contou com o apoio de dois auxiliares alemães, Georg Freyreiss e Friedrich Sellow, com experiência em coleta e preparação de animais.
Chegou ao Brasil, em 1815 com o pseudônimo de Max von Braunsberg. Por dois anos, pesquisou o litoral e regiões do interior do Rio de Janeiro, Espírito Santo e do sul da Bahia, chegando a Salvador em suas viagens de pesquisa. Reuniu, entre outros objetos etnológicos, vocabulários e utensílios de tribos indígenas (como a dos Botocudos), plantas e animais.
Em 1817, passou no Arraial da Conquista, atualmente a cidade de Vitória da Conquista, Bahia, fazendo então no seu livro "Viagem ao Brasil", o relato mais importante desta cidade e região que nos tempos atuais são conhecidos daquela época.
Em 1821, no segundo volume de seu livro, Nuewied descreveu um tipo de anfíbio pertencente à família Bufonidae e o classificou como Bufo Crucifer, nome dado devido ao efeito ótico do arranjo de manchas ao longo da vértebra, o que dava a impressão de uma sequência cruzes.
Em sua época a natureza tropical foi assumida pelos integrantes do movimento romântico como motivo maior de orgulho nacional, e o príncipe foi dos que registraram esse novo tipo de sensibilidade. Em seu relato de viagem, comentou:
"Até agora, a natureza realizou mais para o Brasil do que o homem: contudo, após a vinda do rei, muito se tem feito em benefício do país."
Obra publicada originalmente em alemão, em 1820, em dois volumes, e depois em francês e inglês, é um dos mais importantes trabalhos de naturalistas que visitaram o Brasil no século XIX. O príncipe alemão