Biofilmes
Qualquer alimento tem suas peculiaridades próprias de sabor, cor, odor, e aparência. Os microrganismos em comum empregam os alimentos como um manancial de nutrientes para seu desenvolvimento e consequentemente promovem adulterações expressivas nestas características.
Subordinando-se a alteração ocasionada, o alimento pode ser recusado pelo consumidor devido às transformações sucedidas, incluindo-se ainda, a possibilidade de acarretar intoxicações (FRAZIER; WESTHOFF, 1993; PAULI, 2001 apud KECHICHIAN, 2007).
Bactérias, em seu habitat, residem em grupos de caracterizados graus de complexidade, coligadas a múltiplos tipos de níveis bióticas e/ou abióticas, criando dessa maneira o biofilme, que pode ser constituído por populações a partir de uma única ou de múltiplas espécies (CAIXETA, 2008).
Esses biofilmes são formados, por microrganismos, material polimérico extracelular (polissacarídeos, proteínas, lipídeos) e resquícios do ambiente colonizado, encharcados numa matriz polimérica e colados a uma superfície sólida, constituindo uma composição porosa e altamente hidratada contendo exopolissacarídeos e pequenos canais, acessíveis por entre as microcolônias (CAPELLETTI, 2006; LAWRENCE et al., 1991).
A formação do biofilme sobrevém por uma cadeia de processos sucessivos, na qual a união inicial de bactérias planctônicas ao plano é acompanhada por proliferação e acúmulo de camadas de células e, por fim, pela concepção da comunidade microbiana, embebida em matriz de exopolissacarídeo causada por si mesma.
A aderência e a concepção do biofilme são restringidas por peculiaridades do microrganismo, tais como demonstração dos fatores de