Bioenergética
Introdução
A Bioenergética constitui um dos principais blocos temáticos da Fisiologia, sendo essencialmente dedicada ao estudo dos vários processos químicos que tornam possível a vida celular do ponto de vista energético. Procura, entre outras coisas, explicar os principais processos químicos que decorrem na célula e analisar as suas implicações fisiológicas, principalmente em relação ao modo como esses processos se enquadram no conceito global de homeostasia (Refere-se ao estado de equilíbrio no organismo com respeito a diversas funções e composições químicas dos líquidos e tecidos. É o conjunto de processos através dos quais se mantém o equilíbrio corporal). A compreensão daquilo que significa “energia” e da forma como o organismo a pode adquirir, converter, armazenar e utilizar, é a chave para compreender o funcionamento orgânico tanto nos desportos de rendimento, como nas atividades de recreação e lazer. O estudo da bioenergética permite entender como a capacidade para realizar trabalho (exercício) está dependente da conversão sucessiva, de uma em outra forma de energias. Com efeito, a fisiologia do trabalho muscular e do exercício é, basicamente, uma questão de conversão de energia química em energia mecânica, energia essa que é utilizada pelas mio fibrilas (Feixes de delicadas fibrilas longitudinais envolvidas por retículo sarcoplasmático e localizadas no interior de uma fibra muscular esquelética) para provocar o deslize dos mio filamentos, resultando em ação muscular e produção de força.
Para compreender as necessidades energéticas de qualquer modalidade desportiva, tanto em nível do treino como da competição, é importante conhecê-la profundamente. O sucesso de qualquer tarefa motora pressupõe que a conversão de energia seja feita eficazmente, na razão direta das necessidades energéticas dos músculos esqueléticos envolvidos nessa atividade. Será importante referir que o dispêndio energético depende de vários fatores, entre os quais