biodigestor
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Produtor de leite usa biodigestor há quatro anos e afirma que não vive mais sem ele.
Pela ação dos microrganismos nos dejetos, obtém energia, adubo, e preserva o meio ambiente Luiz H. Pitombo
Limpeza do free-stall com flush. Água cai na valeta e segue até o biodigestor
Por esse mundão afora, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. O espírito desta conhecida lei da conservação da matéria, de Antoine Lavoisier, considerado o pai da Química, ganhou impulso nos dias atuais pelo largo horizonte de possibilidades que abre do ponto de vista da sustentabilidade ambiental e econômica. Quando aplicado na prática na produção agropecuária, seus resultados podem ainda ser mais interessantes.
Isso é o que se vê na Fazenda Santo Antônio dos Dois Córregos, localizada no município de Jesuânia-MG, Sul de Minas, desde 2009, quando foi dado um importante salto qualitativo ao se ampliar a produção de leite pelo sistema free-stall, passando a reciclar os dejetos dos bovinos por meio de um biodigestor. Atualmente, com 400 vacas em lactação e produção de 10.800 litros de leite/dia, com o gás obtido no processo citado obtém geração de energia elétrica que traz uma economia mensal de R$ 7.000.
Como há sobra de gás, os planos agora se voltam para seu aproveitamento também na movimentação dos tratores, cortando gastos com o óleo diesel. E mais: os ganhos se avolumam quando se considera a redução no uso de nutrientes pela irrigação com o chorume resultante. Nas áreas de tifton, aveia e azevém, que, antes, demandavam a cada corte a aplicação de 100 kg/ha da fórmula 30-00-20, hoje produzem até 40% a mais com a nova adubação.
Já nas áreas de milho e sorgo, a depender da análise do solo, houve uma redução com o cloreto de potássio (KCl) em torno de 100 kg/ha distribuídos para correção do solo antes do plantio, mas existe a possibilidade de cortes também na adubação de plantio. As características físicas do solo têm