Biodigestor suinocultura
Até a década de 70 os dejetos suínos não eram considerados um fato preocupante graças à pequena produção da época. A partir desse período, quando a suinocultura começou a se expandir, a atividade passou a ser considerada pelos órgãos ambientais como uma atividade que gera grande degradação ambiental. Diante desse fato, a busca por melhorias na suinocultura se tornou necessária.
Nessa mesma época, o mundo inteiro passava por uma crise energética, que provocou a procura por meios de produção de energia alternativos. A utilização de biodigestores passou a ser uma opção adotada pelo país. Em novembro de 1979, a empresa Embraer instalou o primeiro biodigestor modelo chinês, na “Granja do Torto” em Brasília.
O biodigestor é uma ferramenta excelente nos mais diversos meios de produção animal e meio urbano, pois reduz significativamente os maus odores e as moscas com sua capacidade de utilizar os resíduos orgânicos da propriedade, causando não apenas um efeito positivo na economia como também no ponto de vista ambiental e social.
Como funciona
Os biodigestores foram criados em 1806 na Inglaterra por Humphry Davy. Eles consistem basicamente em uma câmara de fermentação enorme onde matéria orgânica em geral (como fezes, urina, lixo doméstico, além de palha, folhas, etc) é degrada por bactérias anaeróbicas e com isso se obtém dois subprodutos importantes: o biogás e o biofertilizante.
Os dejetos dos animais nos galpões são lavados e seguem por canos até um tanque chamado de caixa de entrada, onde a mistura é homogeneizada. Dali, por meio da gravidade a matéria segue para a câmara de fermentação, onde sofre a ação das bactérias (já presentes na própria massa) e é degradada. A decomposição bacteriana de matéria orgânica sob condições anaeróbicas é feita em três fases: fase de hidrólise, fase ácida e fase metagênica e leva em média 40 dias.
1) Fase de hidrólise - Nesta fase as bactérias liberam no meio as chamadas enzimas extracelulares,