Bacharel em ciências contábeis
RESUMO
A suinocultura é considerada atividade de alto poder poluidor, face ao elevado número de contaminantes nos seus efluentes, maximizado com o modelo de criação intensiva. Com o objetivo de contribuir para a reversão deste quadro, o presente trabalho teve a finalidade de avaliar o desempenho de um sistema de tratamento composto de um biodigestor e lagoas de estabilização (lagoa anaeróbia, uma facultativa e duas lagoas de maturação) ligadas em série alimentadas com lodo proveniente de uma estação de tratamento de dejetos de suínos. O sistema mostrou-se eficiente para estabilização do resíduo, principalmente da carga orgânica; no entanto, apresenta algumas limitações para redução de nutrientes, sobretudo do nitrogênio, pela contribuição de volatilização de amônia.
Palavras-chave: suinocultura, efluentes, alternativas de tratamento
INTRODUÇÃO
A suinocultura é de grande importância socioeconômica, especialmente nos estados do Sul do Brasil, além de responsável pela geração de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia suinícola. A concentração da produção e as inovações tecnológicas introduzidas no setor (genética, nutricional e manejo), juntamente com a desvinculação da interação suinocultura com áreas de lavoura para a disposição de efluentes, têm contribuído para a intensificação dos problemas ambientais (Mielle, 2006).
A suinocultura é reconhecida como atividade de grande potencial poluidor, em razão de gerar efluentes geralmente na forma líquida, com elevada carga de matéria orgânica, nutrientes e metais pesados (ex.: Cu e Zn) (Steinmetz et al., 2009). A concentração destes poluentes varia de acordo com o sistema de manejo adotado e, se destinados incorretamente, podem causar sérios problemas ambientais (Perdomo et al., 2003; Kunz, 2006).
A prática comumente adotada pela suinocultura brasileira tem sido a armazenagem desses resíduos em lagoas