BIG BROTHER BRASIL X GRUPO DE ORAÇÃO
Um apelo à vivência da Cultura de Pentecostes.
Thiago da Silva Barboza*
Vivemos no tempo da efemeridade, mas o Big Brother Brasil parece não ser algo tão passageiro assim. Não obstante, o mesmo já se encontra em sua 13ª edição em apenas 11 anos aqui no Brasil. Para podermos discutir um pouco a relação ou a discrepância com os Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica, precisamos conhecer a origem deste programa e sua real intenção.
O Reality Show teve sua origem em 1984 no livro escrito por George Orwell, no qual o tal “Big Brother” era um ditador que governava de forma despótica o mundo ocidental através de teletelas, manipulando assim a maneira de pensar e agir da população. O livro tomou forma de programa em 1999 na Holanda e no ano seguinte se espalhou por outros 19 países. A intenção primária do Reality, foi explorar o “espírito Voyeur” (curioso, espião, a grosso modo ‘fofoqueiro’) do espectador remetendo ao clássico Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock (1954) em que Jeffries, um fotógrafo que quebra a perna e por não poder sair do seu apartamento começa a espiar pela janela a vida de seus vizinhos e desse modo ele fotografa a cena de um crime e no desenrolar da história o público se torna o único cúmplice de Jeffries.
O mesmo acontece com a versão televisiva do romance, porém não são apenas personagens que dessa vez são manipulados pelo “grande irmão” – no caso o apresentador – mas pessoas reais que se prestam a se expor em rede nacional através da televisão e da Internet, almejando um prêmio de alguns milhares de reais. Nessa exposição eles são obrigados a mostrar uma imagem irreal de sua personalidade, buscando assim, ser aceito pelo grupo. A grande discrepância do Big Brother Brasil está no fato daquele que se mostra frágil logo ser eliminado pelos outros. Enquanto aquele que se mostra forte também é eliminado, ou seja, não há irmandade nesse ‘grande irmão’. Todos são adversários e lutam sem