Bicudo do Algodoeiro
Descrição e biologia: O A. grandis é uma das principais pragas para cultura do algodoeiro devido sua capacidade de reprodução (até sete gerações dentro de uma estação de cultivo) e destruição de botões florais, flores e maçãs. As perdas de produtividade podem chegar até 100% quando o controle é realizado de forma inadequada.
Ciclo: A fêmea ovoposita 100 a 300 ovos durantes seu ciclo de vida. Para a postura, ela coloca um ovo por orifício, feito com seu rostro, em seguida, a cavidade é fechada por uma secreção gelatinosa. Os ovos são lisos, de formato elíptico e medem cerca de 0,8 mm de comprimento e 0,5 mm de largura. As larvas são brancas, com cabeça marrom-clara, sem pernas e atingem até 5 mm de comprimento. A pupa possui coloração branca, apresentando pernas, rostro e olhos semelhantes ao indivíduo adulto. O adulto tem coloração castanho-ferruginosa quando jovem e cinza quando mais velho, mede de 4 a 7 mm de comprimento e cerca de 7 mm de envergadura. Apresenta rostro bastante alongado, correspondendo à metade do comprimento do corpo.
Danos: Adultos atacam botões florais que, após o ataque, apresentam as brácteas abertas que, posteriormente, caem. As flores atacadas ficam com aspecto de balão devido a abertura anormal das pétalas. As maçãs apresentam perfurações externas, decorrentes do hábito de alimentação e ovoposição do inseto, sendo que internamente as fibras e sementes são destruídas pelas larvas, que impedem sua abertura normal carimã, deixando-as enegrecidas.
Metodologia de controle: A ocorrência de bicudo tem início logo após a germinação, danificando a gema apical da planta. Porém, os danos mais severos ocorrem a partir da emissão do primeiro botão, por volta de 50 dias após a emergência e vai até o final do ciclo. O nível de controle é de 5% dos botões atacados até o aparecimento da primeira flor, após o aparecimento, 10% ou 1 adulto por armadilha. O controle químico é descrito como o mais eficiente no