Manejo Integrado de Pragas do Algodoeiro no Brasil
do Algodoeiro no Brasil
Raul Porfírio de Almeida
Carlos Alberto Domingues
Francisco de Sousa Ramalho
Embrapa Algodão
INTRODUÇÃO
A cultura do algodão é de grande expressão sócio-econômica para os setores primário e secundário do Brasil. Todavia, as pragas constituem-se um dos fatores limitantes para sua exploração, caso não sejam tomadas medidas eficientes de controle. As medidas com que se procura envolver a utilização simultânea de diferentes técnicas de redução populacional objetivando manter os artrópodos em uma condição de “não praga”, de forma econômica e harmoniosa com o ambiente referem-se ao que é conhecido por “Manejo Integrado de Pragas - MIP”. Na cultura do algodão, o
MIP
constituiu-se,
durante
muito
tempo,
em
verdadeiro
desafio
para
os
entomologistas brasileiros em razão do grande volume de inseticidas aplicados nas práticas convencionais. Entretanto, foi na década de 1970 que surgiram as primeiras pesquisas desenvolvidas na área de manejo de pragas no Brasil, evidenciando-se a
Embrapa Algodão em Campina Grande, PB como precussora nesta linha de estudo.
Batista (1990), além da Embrapa Algodão, citou a participação da equipe de entomologistas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP,
Jaboticabal, SP.
A situação atual da cotonicultura nacional exige um alto nível de conhecimentos pelos cotonicultores, de modo que os seus lucros ou prejuízos, em cada ano agrícola dependem principalmente da sua eficiência na luta contra as pragas e preservação do meio ambiente.
O futuro dos programas de manejo integrado de pragas, frente às oportunidades de expansão de estratégias de controle como o biológico, o desenvolvimento de algodão transgênico, entre outras alternativas de controle, leva a crer na menor dependência do uso de produtos químicos, tornando o agroecossistema algodoeiro ecologicamente viável (Frisbie & Adkisson, 1985; Frisbie et al., 1989; King &