biblioterapia em hospitais

A relação entre psique humana e literatura não é nova. Foi, inicialmente, estudada e alicerçada em emblemáticas observações de Freud. Foi enfatizada, também por Vygostky na psicologia infantil onde foi vista a ponte que existia entre a literatura e a filosofia existencial, essa relação foi se confirmando durante todo o século XX. Verificou-se então que, para ambos, a literatura atua de forma compensatória. A leitura é uma atividade que além de desenvolver o aspecto cultural e de formação do cidadão, pode desempenhar também o papel terapêutico.
A biblioterapia pode ser aplicada tanto num processo de desenvolvimento educacional, pessoal, como num processo clínico-terapêutico.
É um processo interativo que utiliza da leitura e outras atividades lúdicas para tratamentos de pessoas que sofrem de doenças físicas e mentais. Pode ser aplicada na saúde, na educação e na reabilitação de indivíduos em todas faixas etárias.
A função terapêutica da leitura admite a possibilidade de a literatura proporcionar no indivíduo a pacificação de suas emoções. A leitura do texto literário opera no leitor e no ouvinte o com o objetivo de causar o efeito de placidez, com isso, literatura possui a virtude de ser sedativa e curativa.
Através da biblioterapia, o indivíduo ganha distanciamento de sua dor e expressa seus sentimentos, pensamentos e ideias, isso possibilita uma percepção mais aguçada de sua própria situação de vida, desenvolvendo no mesmo uma forma de pensar criativa e crítica, diminuindo o sentimento de solidão. A biblioterapia auxilia também o indivíduo a validar seus sentimentos e pensamentos, desenvolver empatia com outras pessoas (quando aplicada em grupo). Isso favorece a diminuição da ansiedade.
As histórias atuam como forma de auxilio ao indivíduo, dando a ele oportunidades de discernimento e entendimento de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades, a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos, sentimentos e comportamentos, Pode