Bibliografia : Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas
A comunicação em momentos de crises
Octavio Isaac Rojas Orduña1
Resumo: As recentes crises empresariais demostraram mais uma vez que a imagem corporativa é um dos ativos mais importantes no valor das companhias. Os acontecimentos que podem causar um enorme dano à reputação das empresas podem surgir de uma infinidade de variáveis de risco. Para atenuar os efeitos negativos destes eventos, os consultores de comunicação devem fazer que a cúpula diretiva comprometa-se com a preparação da crise desde o ponto de vista da informação. As crises bem gestionadas, podem ser oportunidades para reposicionar uma marca e fortalecê-la.
Palavras-chave: crise, imagem corporativa, variáveis de risco.
O valor das grandes empresas radica cada vez menos em seus bens físicos (fábricas, equipamentos, edifícios, etc.), enquanto que seus ativos intangíveis (conhecimento e experiência de seus empregados, imagem pública da empresa, posicionamento de seus produtos, etc.) exercem cada vez mais importância em sua cotização nos mercados de valores de todo o mundo.
Levando em consideração o anterior, surge a pergunta: que acontece quando uma companhia, ainda que seja uma grande corporação multinacional, enfrenta-se a uma crise que afeta principalmente a sua imagem?
Consideremos o caso de Andersen para responder a nossa pergunta. A auditora e consultora, outrora símbolo de liderança e desempenho, uma multinacional com presença em dezenas de países e resultados econômicos sempre em alta, derrubouse poucas semanas depois de que saísse à tona o caso das contas maquiadas de
Enron, as quais deveria cuidar e que não somente não o fez, senão que deliberadamente colaborou com seu ocultamento, sabendo das implicações que estas ações poderiam ter.
Andersen não havia sofrido nenhuma explosão nos seus escritórios, nem seus sócios em algum lugar do mundo haviam sofrido ataques físicos, tampouco seus servidores foram atacados por piratas informáticos, nada disto havia passado,