Berkhof, hendrikus. deus como criador e o mundo como criação. in: mckin, donald k. (editor). grandes temas da tradição reformada. são paulo: associação evangélica literária pendão real, 1998.
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BERKHOF, Hendrikus. Deus como Criador e o Mundo como Criação. In: MCKIN, Donald K. (editor). Grandes Temas da Tradição Reformada. São Paulo: Associação Evangélica Literária Pendão Real, 1998.Hendrikus Berkhof inicia o seu texto com a exposição de alguns problemas teológicos derivados da afirmação de que “este mundo de pecado, sofrimento e morte foi criado pelo Pai de Jesus Cristo” . Segundo o autor, muitos acreditam que o mundo não reflete o amor de Deus, pelo contrário, o contradiz, e que a salvação é uma fuga do mundo. A resolução de Berkhof para o conflito exposto por ele mesmo parte da reflexão de que na verdade a salvação é para a redenção do mundo e não para a sua rejeição, e o mundo é do próprio Deus, porém o conflito ocorre porque o mundo é criação de Deus.
Segundo o texto, para que possamos compreender o nosso Deus como criador precisamos ter também entender algumas de suas características. Deus é amor, é condescendente, que se revela e é capaz de se relacionar.
Seguindo o raciocínio do autor, o amor de Deus foi o motivo que o fez decidir viver com uma realidade fora dele mesmo. Deus decidiu criar o mundo de sua livre e espontânea vontade, e partilhou a sua glória com essa sua criação.
Deus também é condescendente, como explica o texto “criar significa que Deus se rebaixa; que Deus se limita a si mesmo; que Deus providencia vida e espaço vital para o outro, o qual, como tal, é imperfeito e pode até mesmo se rebelar” .
Deus se revela no seu ato criativo. Segundo o texto, quando dizemos que todo o mundo veio a existir por meio da fala de Deus, na verdade estamos dizendo que o mundo existe para o encontro e comunicação. Se Deus não tivesse o propósito de revelar ao homem suas qualidades, nada poderia revela-la. Deus se revelou na criação e continua em sua revelação progressiva mostrando-se interessado em ser conhecido.
Deus tem a capacidade de se relacionar. O autor explica que quando dizemos que o mundo foi criado do nada, confessamos que,