Beriliose
É uma doença granulomatosa pulmonar, cuja evolução pode levar à fibrose intestinal crônica do parênquima pulmonar, resultante de reação imunológica ao berílio inalado. Apresenta três características importantes:
• Pode ser desencadeada por baixas doses ou curta exposição (< de 1 ano);
• Manifesta-se após longo período de latência (geralmente > 10 anos após início da exposição) mesmo estando o indivíduo afastado da exposição há vários anos;
• Menos de 5% dos indivíduos expostos desenvolvem a doença, provavelmente por maior suscetibilidade genética. É indistinguível da sarcoidose e, diferentemente das demais pneumoconioses, pode ser tratada com uso de corticoide.
Principais características
Caracteriza-se por se manifestar de duas formas:
• Quadro de irritação aguda da árvore traqueobrônquica, podendo levar à pneumonite química, com consequente hipóxia e fibrose secundária e, quadro crônico caracterizado por acometimento granulomatoso pulmonar e sistêmico, secundário a exposições crônicas a doses baixas, chamada de Doença Pulmonar pelo Berílio ou DPB. O tempo de latência é, em média, de 10 a 15 anos, podendo ocorrer vários anos após o cessar da exposição. A DPB está associada a alveolite caracterizada por acúmulo de linfócitos e macrófagos dentro de alvéolos e interstício adjacente, com formação de granulomas não caseosos, sarcóide símile, sugerindo mecanismo etiopatogênico imunológico envolvendo reação por hipersensibilidade do tipo tardio.
A beriliose aguda pode ser fatal. Contudo, de um modo geral, a condição dos pulmões é restabelecida por meio do tratamento adequado. Este, por sua vez, é feito a administração de glicocorticóides, sendo que habitualmente o paciente recupera-se dentre de um período de 7 a 10 dias. Já no caso da beriliose crônica, é comum a ocorrência de insuficiência cardíaca e consequente morte, devido ao esforço excessivo que o coração realiza, uma vez que os pulmões encontram-se gravemente afetados. Pode ser feito o uso de