Bergson
11/ 8/ 2012 Universidade Federal da Bahia FACED- Pos- Graduação
A Justiça e o Direito em Bergson
Rita Célia Magalhães Torreão
Profa. de Filosofia da UESC.
O singular encaixotado
Argumentam os lógicos que o singular é incognoscível, pois possui infinitas notações que o diferenciam dos demais, daí que o singular é encaixotado em alguma espécie ou conceito que vai estar encaixotado em algum gênero. Só se conhece o geral.
E agora, o que faremos com a arte, se ela é a própria singularidade?
O que faremos com o ser humano, que pretende ser ímpar. Temos que encaixotá-los como neuróticos ou psicóticos; burgueses ou proletários; não existem mais pessoas, apenas grupos e sub-grupos para o mundo do conhecimento.
Acomodados em sermos desconhecidos, seguimos sendo o que não somos, cumprindo a tarefa alheia, vivendo a vida de outros, somos atores e com nossos ridículos personagens, fazemos rir e chorar a platéia.
Esse estranho singular é perdido dentro dos papéis, do pacote, e não há saída, pois aos que se recusam a ser espécie, restam as lixeiras, enormes pacotes para singularidades. Essas lixeiras recebem nomes estranhos, presídio, hospício e outras formas mais sofisticadas de encaixotar o singular.
Ginaldo.
A Obrigação.
Por que obedecemos?
A principal teoria sobre a Justiça proposta por Aristóteles encontra-se no livro Ética à Nicômaco. O livro V da Ética a Nicômaco é dedicado a questão da justiça. Para Aristóteles, a justiça é o principal fundamento da ordem do mundo. Todas as virtudes estão subordinadas à justiça. A justiça, para Aristóteles, é indissociável da polis, ou seja, da vida em comunidade. A justiça se realiza na prática constante da relação com o outro. Segundo Aristóteles, a Ética e a Justiça não são adquiridas nos livros ou através do pensamento, mas sim, através da vida prática. A justiça considerada como virtude moral consiste essencialmente em dois fatores: a obediência às leis da polis e o bom