Berger E Luckman
- Socialização primária interioriza a realidade como inevitável. É bem sucedida se o sentimento de inevitabilidade estiver presente na maior parte do tempo.
- Uma modificação pequena da realidade bastaria para ir em um escritório sem gravata, mas uma grande demais para ir sem roupas.
- As interiorizações secundárias são menos ameaçadas pelas situações marginais (morte por exemplo) pois são de menor importância. A morte altera mais a auto-identificação com o cristianismo do que com um trabalho de gerente.
- A realidade se atualiza na vida cotidiana, que é onde os rituais diários mantém.
- Para confirmar a confiança de que a pessoa é quem pensa ser, precisa da confirmação implícita da identidade e da confirmação explicita carregada de significados.
- Se alguém é católico, sua fé não se ameaça por companheiros de trabalhos não-crentes, mas se ameaça por uma esposa incrédula. Ou seja, nos grupos secundários, a competição é pouca, mas nos primários é mais forte.
- O veículo importante da conservação da realidade é a conversa, que mantém, modifica e reconstrói a realidade subjetiva. Ela tem como pano de fundo um mundo aceito como verdadeiro.
- Ao mesmo tempo que a conversa mantém a realidade, pode modifica-la. O indivíduo pode ter dúvidas sobre religião, mas elas se tornam reais de maneira distinta na conversa, ele convence-se das dúvidas.
- Certas conversas podem ter uma condição privilegiada, como com um psicanalista, confessor e etc.
- O indivíduo só mantém sua auto-identificação como pessoa de importância em um meio que confirma essa identidade: uma pessoa mantém sua fé católica se conserva uma relação significativa com a comunidade católica. Quanto menos essas técnicas de conservação da realidade (contato com a fé) estiverem face a face, menor sua capacidade de manter o tom de realidade.
- Um católico que vive muito tempo no meio de outra religião, pode fazer rituais e orações e se identificar como católico, mas se tornarão vazias frente a