A Sociedade como Realidade Subjetiva - Uma Perspetiva
Curso: Sociologia (1º ano)
Unidade Curricular: Sociologia Geral II
Docente: Dra. Ana Gonçalves Belchior
Discente: António Jorge do Couto Sequeira
Nº: a47222
Faro, Maio de 2013
Recensão Crítica:
A Sociedade como realidade subjetiva in Peter L. Berger; Thomas Luckmann
(1998:172,241) A construção da Realidade Social
Peter Berger, nascido em Viena em 1929 e doutorado em sociologia pela New
School for Social Research, junto com Thomas Luckman, nascido na Alemanha em
1927 e docente de Sociologia na Universidade de Constança-Alemanha, teorizaram sobre a realidade como construção social que documentaram no livro A construção social da realidade, editado em 1966, onde defendem “ o ponto de vista que a sociologia do conhecimento diz respeito à análise social da realidade e trata das relações entre o pensamento humano e o contexto social dentro do qual surge”(Berger; Luckmann, 1998:14,15)
É sob a égide da temática desenvolvida pelos autores no terceiro capítulo desta obra, A Sociedade como Realidade Subjetiva, que será edificada esta análise crítica, que nos tentará levar a uma compreensão da sua mensagem, tendo em atenção as reflexões contidas no texto.
Berger e Luckmann abordam a sociedade como sendo uma realidade subjetiva e ao mesmo tempo objectiva, premissa que consideram ser de observação obrigatória para o sucesso de qualquer análise teórica.
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Dialética da Sociedade:
Para os autores, o processo dialético ocorrido entre o homem e a sociedade, onde esta é considerada produção humana e o homem produção social, constitui a sociedade. Berger e Luckmann preconizam que este processo dialético é construído em três momentos; a exteriorização, a objetivação e a interiorização 1 , em que os indivíduos participam, se bem que não nasçam membros da sociedade e apenas com predisposição para a sociabilidade. De acordo com os autores, eles tornar-se-ão membros dessa mesma sociedade 2 através de um processo a que chamam de
socialização.