Nascido na Polônia em 1925, Zygmunt Bauman escapou para a União Soviética no começo da Segunda Guerra Mundial, alistando-se no Exército Vermelho para enfrentar o nazismo. Começou seus estudos em sociologia ao retornar a Varsóvia, onde se tornou um personagem de destaque na “escola sociológica” de Varsóvia. Participou do “Outubro polonês” de 1956, quando um influente movimento reformista desafiou a liderança do Partido dos Trabalhadores Unidos. Foi impedido de lecionar pelo Partido Comunista Polonês, mudando-se então para a Inglaterra, lugar onde vive até hoje. Bauman foi perseguido pelo nazismo e depois pelo Partido Comunista da Polônia, então ele cria e desenvolve suas experiências de refugiado, expulso, deslocado. Ao receber o título de doutor honoris causa, um hino nacional do país da pessoa é tocado durante a cerimônia de outorga, e ao deparar a situação de escolher quais dos hinos ele gostaria que fosse tocado, não encontrou a resposta facilmente, pedindo então que tocasse o hino da Europa que o incluía e excluía simultaneamente. “Referia-se a uma entidade que abraçava os dois pontos de referência alternativos de sua identidade, mas ao mesmo tempo anulava, por pouco relevantes ou mesmo irrelevantes, as diferenças entre ambos e assim, também uma possível “cisão identitária”. Tirava de uma pauta uma identidade definida em termos de nacionalidade. No trecho: “Estar total ou parcialmente “deslocado” em toda a parte, não estar totalmente em lugar algum, pode ser uma experiência desconfortável, por vezes perturbadora”. Esta ideia de identidade nacional ligada ao estado é uma ideia forçada, algo imposto e não natural que se perdeu com a chegada da globalização, pois os indivíduos não se identificavam mais e nunca se identificaram com a estrutura do Estado Moderno e buscam hoje novas comunidades onde podem sentir uma nova identidade. A partir destes eventos Bauman estuda estes fenômenos de “identidade”, dando uma ideia de liquidez pelo fato de nada ser seguro, se