Bauhaus x ulm
Da unificação da Academia de Belas Artes e da Escola de Artes e Ofícios, ambas da cidade de Weimar, surgiu a Bauhaus. A escola foi fundada em 1919, por Walter Gropius, denominada Staatliches Bauhaus in Weimar. Essa fase inicial se caracterizava pela produção do trabalho individualizado e distante de qualquer proposta de estandardização. Gropius foi um dos fundadores da Werkbund, que defendia a união de arte e técnica e a ideia de arte para todos, além de ignorar as exigências da realidade industrial. Segundo Niemeyer (2000), a Werkbund defendia um processo educativo dirigido não só a fabricantes, mas também ao público, em geral, em que o design era voltado totalmente para a produção industrial. Em 1922, com o aumento de críticas em relação ao sistema, houve uma reformulação curricular e a escola seguiu um novo formato de Arte e técnica: a nova unidade. Segundo Souza (2001), de 1923 a 1928, a Bauhaus adotava um discurso exaltando a técnica e a indústria. Em 1924, à beira de ser fechada pelas forças de extrema direita, a escola foi para Dessau, por decorrência de problemas políticos. Sob a direção de Gropius, foi inaugurada em 1926, onde prevaleceram as ideias expressionistas e místicas. Nessa época, a Bauhaus passou a ter uma nova denominação - Hochshule für Gestaltung (Instituto superior da forma). Em março de 1928, por culpa das incessantes críticas ao trabalho desenvolvido na escola e que eram dirigidas ao seu diretor, Gropius demitiu-se. Em seu lugar, assumiu Hannes Meyer, que defendia a padronização e a ênfase, principalmente, ao processo produtivo do que ao produto em si, adotando, assim, um maior racionalismo e tecnismo. Em 1930, o burgomestre Fritz Hasse demitiu Meyer. O motivo foi a sua orientação mais voltada à indústria em detrimento da arte. Mies van der Rohe assumiu a escola, exaltando mais a qualidade do produto. Van der Rohe acabou privilegiando o ensino da arquitetura, quase que exclusivamente. Em 1932, após o Partido