Barão do rio branco e a amazônia
Um dos nomes mais prestigiados da história brasileira, José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, talvez não tenha desfrutado tanto quanto quis de todo este valor a ele atribuído, às vezes se comparando, a um “burro de carga”, contudo, toda a dedicação e sagacidade empregada por ele ao seu trabalho dificilmente encontre oponente, em se tratando de tamanho, influência e importância para o Brasil. A incrível desordem de seu gabinete/casa, a excentricidade de seus métodos e os comentários de seus contemporâneos não fizeram com que o brilhantismo do serviço prestado por ele ao Estado e seu arguto pragmatismo estratégico passassem por despercebido.
A Questão do Amapá
A Capitania do Cabo Norte, hoje Amapá, por ter posição geográfica privilegiada, perto da foz do rio Amazonas e, também pela descoberta da mina de Calçoene, em 1893, despertou interesse de britânicos, holandeses, franceses sobre a região causando, consequentemente, reações de Portugal que já havia demarcado o território brasileiro até o rio Oiapoque pelo primeiro tratado de Utrech, em 1713-1715. Várias tentativas de conciliação foram tomadas para se resolver a situação da região, e predominantemente tentativas que beneficiariam o lado francês, contudo, todos estes limites seriam revisados e tornados nulos por Dom João VI, em 1806, mas, esta situação voltaria a preocupar brasileiros novamente, até que, em 1895 Rio Branco é chamado para defender a posição do Brasil no arbitramento sobre a região por intermédio do governo da Suíça, a apresentação de um estudo feito por ele, em seis volumes tornou a vitória brasileira possível, em 1900, elevando o valor de seu nome no Brasil e no mundo.
Questão do Pirara
No início do segundo Reinado o Barão do Rio Branco, até então ministro das relações exteriores, percebendo a Invasão do território brasileiro por expedições britânicas, uma destas expedições, liderada por um explorador alemão naturalizado inglês, Robert Herman Schomburgk demarcou, sem