Barão do rio branco - a americanização da política externa brasileira
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
BARÃO DO RIO BRANCO: A Americanização da Política Externa Brasileira
O Barão do Rio Branco esteve à frente do ministério de relações exteriores entre 1902 e 1912, foi um dos principais personagens da história brasileira. Deixou um legado ímpar para o nosso país, graças a ele o Brasil possui hoje uma posição de destaque no subcontinente sul-americano, mantendo relações pacificas com todos nossos vizinhos. Suas ações definiram os paradigmas de atuação da politica externa brasileira durante a primeira metade do século XX e serviram de guia sobre as decisões políticas brasileiras, no que diz respeito à atuação externa, até os dias atuais. Além de ter garantido ao Brasil uma relativa hegemonia na região, o barão do Rio Branco foi responsável pelo sucesso do Brasil em litígios territoriais e consolidou a profissionalização da carreira diplomática no país, refletindo em um menor espaço de manobra para a prática diplomática do executivo. Essa concentração da formulação da política externa pelo Barão e depois pelo Itamaraty contribuiu para um comportamento mais estável pautado por padrões normativos. Esta concentração torna a política externa menos vulnerável a ingerências diretas da política doméstica. Outra contribuição de Rio Branco foi a aproximação política com os Estados Unidos. Vendo a crescente ascensão do país norte-americano no sistema internacional, principalmente após a guerra civil americana, Rio Branco tenta e consegue utilizar a aproximação com os Estados Unidos com o objetivo de garantir ao Brasil mais influência na região americana. Essa aproximação tinha por objetivo aumentar o poder de barganha brasileiro, o Brasil necessitava do apoio ou da benevolência norte-americanos para resolver pendências de fronteira, entre elas, a do Acre, que envolvia interesses de empresas americanas. O Acre pertencia a Bolívia, porém, devido ao intenso fluxo