Pp Politica Externa 2
Capítulo Dois : De Rio Branco a Segunda Guerra Mundial
A Política Externa no Império
- A política externa do Império pode ser avaliada em dois níveis de acordo com o Celson Lafer : o do sistema internacional e o do subsistema regional.
- Admite que a análise da política externa de um país dependente passa pelo exame do sistema de poder no qual o País se insere no plano internacional. Entende-se por sistema de poder: uma constelação de Estados, na qual um centro (a grande potência ) tem a capacidade de atuar anonimamente como Estado soberano e, ao mesmo tempo, exercer, em graus variados, influência marcante ou decisiva sobre os outros Estados do sistema, ou seja, aquilo que Gramsci chamou de hegemonia e que, na literatura política, frequentemente aparece sob o nome de área de influência.
- No que se refere ao plano internacional até o inicio do século XX, a prática era de isolacionismo, como forma de minorar a influência europeia. Como aponta Clodoaldo Bueno: os principais traços de conjuntura internacional do período eram o imperialismo econômico, disputa interimperialista por áreas de influência ou por ampliação de fatias do mercado de países exportadores de matérias-primas, divisão internacional do trabalho entre países industrializados e agroexportadores.
- A nível de subsistema regional, a principal questão era a disputa pelo controle da bacia do Prata, traduzindo-se em uma política de barganha de poder com o objetivo de evitar supremacias principalmente da Argentina.
A americanização da Política Externa com o Barão do Rio Branco
- Todos os diferentes analistas são unânimes em apontar a importância do papel desempenhado pelo barão do Rio Branco á frente do Ministério das Relações Exteriores (1902-1912), não só em termos de sua atuação na definição da política externa brasileira, mas igualmente por ter consolidado.
-Enquanto Lafer considera que a proclamação da República não tenha alterado de imediato a política exterior do Brasil,