FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASIL
Nos primeiros tempos da colonização, os portugueses viviam “agarrados ao litoral como caranguejos”,na imagem expressiva do cronista frei Vicente do Salvador (1564-1635). A economia voltava-se para o mercado externo, com a produção de açúcar nas áreas próximas ao litoral. No interior, a presença européia praticamente se limitava à vila de São Paulo e a um punhado de núcleos vizinhos. Dali partiram os bandeirantes, que desde o início do século XVII deixaram para trás a linha de Tordesilhas e percorreram áreas então pertencentes à Espanha.
Nos séculos XVII e XVIII, expedições militares portuguesas avançaram ainda mais, instalando fortificações no alto curso do rio Amazonas e de seus afluentes, ao longo do rio Guaropé e na margem esquerda do estuário platino.
As iniciativas da Coroa portuguesa obedeciam a interesses estratégicos, na medida em que procuravam estabelecer limites à expansão espanhola na América. Porém, os bandeirantes e os aventureiros que avançaram pela Amazônia tinham motivações econômicas. Os primeiros procuravam capturar índios e encontrar metais preciosos, enquanto os segundos partiam em busca das “drogas do sertão”, especiarias tropicais que alcançavam altos preços na Europa: cacau, guaraná, baunilha, canela, cravo, castanha etc.
O Brasil Império[editar | editar código-fonte]
Com a proclamação da Independência do Brasil (1822), a unidade territorial foi assegurada, internamente, no desenvolvimento da chamada Guerra da Independência (1823-1824). No plano externo, as fronteiras do novo país ficaram definidas pelo diploma que a reconheceu, o Tratado de Paz e Aliança (29 de Agosto de 1825). Este diploma foi firmado entre o Brasil e Portugal, com a interveniência da Inglaterra. Pelos seus termos:
João VI de Portugal cedeu a soberania ao Brasil, e tomou para si o título de Imperador, ao que Pedro I do Brasil, seu filho, anuiu;
O soberano brasileiro prometeu não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas