Barroco no Brasil
O Brasil ainda se estruturava sócio economicamente como país colônia de base açucareiro. Somente a Bahia e Pernambuco produziam alguma atividade cultural. O Barroco no Brasil é marcado também pela expulsão definitiva dos franceses (1615) e pelas invasões holandesas, na Bahia (1624) e em Pernambuco (1630). O Nordeste passa por rápidas mudanças econômicas, por meio do contato com os holandeses, até sua expulsão, em 1654. Com o declínio da cana-de-açúcar, a hegemonia econômica transfere-se para Minas Gerais, onde há extração de minérios outra fonte de riqueza, que contribui para o desenvolvimento econômico.
O Barroco no Brasil foi o movimento artístico mais importante do per colonial, colocando em ascensão o catolicismo e a fé. Nasceu da crise de valores renascentistas, ocasionada pelas lutas religiosas e pela crise econômica vivida em consequência da falência do comércio com o Oriente. Inicia-se no Brasil em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira. Estende-se por todo o século XVII e início do XVIII. Seu rebuscamento reflete o conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo x teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. Surge uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.
Podem ser notados dois estilos no Barroco literário:
Cultismo - caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante; a valorização do detalhe mediante jogo de palavras. Tem forte influência do espanhol Luís de Gôngora; no Brasil podem ser citados: Gregório de Matos Guerra e Bento Teixeira.
Conceptismo - marcada pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, usando uma retórica