Barreiras comerciais
Relatar tipo e reações das Barreiras Comerciais tarifárias, desde dez/11 a maio/12
Dilma compara injeção de liquidez à barreira tarifária
Presidente criticou a política monetária de países desenvolvidos, que despejaram US$ 8,8 trilhões em liquidez na economia mundial desde o início da crise
Hannover - A presidente Dilma Rousseff disparou na manhã de hoje novas críticas à política monetária de países desenvolvidos, que segundo números do Banco de Compensações Internacionais (BIS) despejaram US$ 8,8 trilhões em liquidez na economia mundial desde o início da crise. De acordo com a presidente, as medidas causam "desvalorização artificial" das moedas, "equivalem a barreiras tarifárias" e geram bolhas e especulação. O assunto, garantiu a chefe de Estado, será tratado hoje com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Dilma se mostrou contrariada com os novos números divulgados pelo BIS e disse que não apenas o Brasil, mas todos os países emergentes, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o próprio BIS estão preocupados com a enxurrada de dinheiro novo no sistema financeiro. "O efeito é internacional, não nacional. Como o mundo é globalizado, quando você tem um nível de expansão desses, se produz dois efeitos: um é a desvalorização artificial da moeda. (...) O outro problema sério é que cria uma massa monetária que não vai para a economia real. O que se produz? Bolha. Bolha, especulação", protestou.
A "desvalorização artificial" da moeda, segundo a presidente, não tem como efeito ganhos de competitividade das economias domésticas. "O que se está fazendo equivale a uma barreira tarifária. Todo mundo se queixa de barreira tarifária, de protecionismo", acusou.
O tom das reclamações do Brasil cresceu desde a última semana, quando o Banco Central Europeu (BCE) ofereceu mais 530 bilhões de euros em linhas de empréstimo subvencionadas - com juros de 1% e prazo de três anos para pagar. Nos últimos três meses, o total injetado no