Bangu
A história de Bangu está intimamente ligada a Fábrica de Tecidos Bangu, que possibilitou grande parte dos avanços ocorridos na região. No dia 6 de fevereiro de 1889 foi constituída a Fábrica de Tecidos Bangu, com o nome de Companhia Progresso Industrial do Brasil. No dia 8 de março de 1893 a Fábrica foi inaugurada e a partir de então, o espaço rural existente foi se modernizando rapidamente, trazendo desenvolvimento para a região. A Fábrica foi uma das principais responsáveis por importantes obras, como a Estação Ferroviária de Bangu, o ramal ferroviário de Santa Cruz e a fundação da Paróquia de São Sebastião e Santa Cecília. Além da construção de casas, vilas e ruas com nomes homenageando áreas da Fábrica, como Rua das Cardas, Rua dos Tintureiros, Rua das Artes, Rua Estampadores, Rua da Fiação e Rua dos Tecelões. Alguns nomes permanecem até hoje.
A Fábrica implementou não só melhorias urbanísticas, mas também cultura e educação através da fundação da primeira escola do bairro, o Bangu Athletic Club, a Sociedade Musical Progresso de Bangu, transformada posteriormente no lendário Casino Bangu, entre tantas outras novidades impulsionadas pelo sucesso da Fábrica que, através da tecnologia industrial no segmento de tecidos, projetou o bairro de Bangu para cena mundial como grande pólo produtor de moda. Nos anos 40, um Bangu urbanizado despontava como um dos bairros de maior progresso do subúrbio carioca, trazendo à cidade modismos, expressões, lições de elegância e até as inesquecíveis misses Bangu - participantes de eventos no Copacabana Palace, símbolos de uma era de glamour para todo RJ.
Com o passar das décadas, a atividade têxtil foi decaindo, outros empreendimentos foram se instalando na região e a influência da fábrica diminuindo. Em 5 de fevereiro de 2004 a Fábrica encerra suas atividades e o bairro perde sua função fabril e assume função comercial e residencial.