Ética e Valores Humanos
"Gerenciar marca não é cuidar do logotipo, mas da opinião que o outro tem sobre você. A atratividade é o grande indicador do valor de uma marca, já que hoje ela se sobrepõe ao nome do produto. Um exemplo é a Unilever, que depois de muitos anos fazendo campanhas apenas de suas linhas de produtos, decidiu investir em uma divulgação institucional."
Essa foi a principal mensagem de Ricardo Guimarães, presidente da Thymus Branding, na última quinta-feira, dia 22, no auditório da FNQ. Em palestra transmitida via webcasting, o especialista em branding (marca ou imagem da empresa) mostrou o que vem acontecendo hoje na gestão desse intangível.
"Uma marca que tem identidade atrai capital, clientes, investidores, fornecedores de qualidade e outros ativos positivos. Mas esses valores não se constroem apenas com discurso. É fundamental ter coerência entre o que a empresa prega e as suas atividades diárias, em todos os setores e com todos os públicos", explicou Guimarães. Responsável pelo gerenciamento da imagem de organizações como Natura e SOS Mata Atlântica, ele defendeu a criação da "personalidade" da empresa, já que pelos paradigmas da gestão atual, as organizações são consideradas organismos vivos. E disse ainda que essa identidade não pode ser só baseada em interesses comerciais, mas necessita de visão de longo prazo em todas as suas relações. Como trabalhar com essa visão de futuro se a conjuntura apresenta a instabilidade como uma de suas principais características? Para Guimarães, o segredo de sobreviver nesse universo mutante e de turbulências é justamente a criação de uma marca forte, já que os valores fundamentais relacionados à ética e a boa conduta dos negócios não mudam de uma hora para a outra. "Se a organização não tem suas crenças definidas, ela se torna vulnerável diante das instabilidades. Mas isso não significa que a empresa tenha de ser inflexível ou pouco adaptável. Estamos falando de algo mais