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Para que isso não ocorra, os bens de consumo são desenhados exatamente para não entregar a satisfação que tanto prometem. Com isso, os consumidores, se frustram por não ter obtido a tão desejada satisfação e passam a comprar outros produtos, ou uma quantidade maior do mesmo produto, estimulando assim a produção dos mesmos e conseqüentemente alimentando o mecanismo da sociedade de consumo.
Se as pessoas se frustram e acabam consumindo mais, há uma maneira de aperfeiçoar a demanda por bens de consumo: diminuir o intervalo entre a compra e a decepção. Quanto menos tempo a pessoa levar entre a aquisição de um bem e a de outro, movimentada pela frustração, mais o sistema ganha. Assim, além dos bens de consumo serem desenhados para não satisfazer os consumidores, são também criados para durar pouco. Tal sociedade acaba por reger o comportamento de seus indivíduos. Em meio a sua busca constante pela satisfação, as pessoas acabam por buscar até sua própria identidade através do consumo. Uma pessoa acaba se tornando o que tem, a “pessoa do tênis Nike, do celular Samsung, o carro Ford.” A busca desenfreada pela satisfação prometida faz com que as pessoas queiram ter cada vez mais bens, medindo seu nível de satisfação pela quantidade de bens adquiridos, mas sempre querendo mais, o que denuncia a não aquisição da satisfação que dizem tanto ter através de seus bens. A síndrome do consumo toma muito tempo dos indivíduos. As pessoas querem adquirir cada vez mais para alimentar sua satisfação, enquanto outras atividades