Balanced scorecard - a revolução 10 anos depois
ANOS DEPOIS por Robert Kaplan e David Norton
1
Em entrevista, Robert Kaplan e David Norton avaliam o inovador instrumento de avaliação de desempenho que criaram, o balanced scorecard, hoje ferramenta gerencial e estratégica
Já faz mais de dez anos que Robert Kaplan e David P. Norton criaram o balanced scorecard. Quando publicaram o artigo The balanced scorecard – measures that drive performance (Balanced scorecard – medidas que impulsionam o desempenho) na conceituada revista Harvard Business Review, em 1992, mal sabiam que estavam para dar início a uma revolução. Seu único objetivo era mostrar as desvantagens de usar apenas medidas financeiras para julgar o desempenho empresarial, incentivando as empresas a medir também fatores como qualidade e satisfação do cliente. Milhares de empresas passaram a adotar o conceito a partir daquele momento. O balanced scorecard tornou-se a marca de uma organização bem administrada e surgiu uma nova especialidade em consultoria para ajudar as empresas a criar instrumentos desse tipo. Hoje, muitas empresas dizem que o balanced scorecard é a base sobre a qual se assenta seu sistema de gestão. Em entrevista a Lori Calabro, da revista CFO, Kaplan e Norton discutem o impacto do balanced scorecard no mundo dos negócios e defendem seus méritos como ferramenta para a implementação eficaz de estratégias empresariais. Quando criaram o balanced scorecard, há mais de dez anos, os srs. tinham alguma idéia do nível de penetração que ele teria entre as empresas norte-americanas? Kaplan: Acho que não. Nosso objetivo era resolver um problema de avaliação de desempenho: por que os índices financeiros, por si sós, não são capazes de captar e refletir as atividades criadoras de valor das organizações modernas? O balanced scorecard foi a solução encontrada. O que não podíamos prever era que essa também fosse uma solução para um problema bem maior: a incapacidade da empresa de implementar novas estratégias e de se