Baianidade
Jackson Rangel
Jean Rios
Josenilton Cerqueira
Julio Brandão
Renata Alencar
Silvana Rós
O ano de 1930 foi para o Brasil, indubitavelmente, ano de mudanças estruturais. Sobre a bandeira da reestruturação política fez-se a Revolução. Os âmbitos social e econômico obtiveram mudanças à medida que se reestruturava o elemento político, que por sua vez foi possibilitada por essas. Desta ideia compartilha Wilson Canco1. Bem verdade que o caráter revolucionário das agitações da década de 1930 não é um consenso entre os pesquisadores. Para Werneck Vianna “[...] no Brasil nunca houve, de fato, uma Revolução [...]”. (1966). Há também os que defendem a ideia de uma revolução passiva, a exemplo de Skidmore. Revolução ou não, o inegável é que, as mudanças ocasionadas por esse movimento redimensionaram o cenário político-sócio-econômico brasileiro. Ressalta-se que a inconformidade dos mais variados segmentos sociais com o sistema então vigente antecedeu a esse marco cronológico. O movimento tenentista é um claro exemplo dessa insatisfação. Desde os primeiros decênios do século XX o Brasil já esboçava sintomas de desgaste. A mudança era eminente e inevitável. A década de 1930 inaugurou no país o que a historiografia tradicional denomina Estado Novo. Esse novo modelo político trazia com ele a responsabilidade de garantir a manutenção da principal conquista, consciente ou não, revolucionaria; a inserção da economia brasileira no capitalismo internacional. Para tanto, medidas foram tomadas, a fim de fazer com que essa economia emergente figurasse representativa entre as grandes potências capitalista. Uma das ações realizadas pelo poder executivo, na figura emblemática de Getulio Vargas, foi a constituição de uma identidade nacional. Evidentemente que tal empreitada pouco, ou nada, tinha haver com o sentimento ufanista. A real pretensão era de estabelecer unidade nacional. Era preciso fazer com que a nação brasileira estivesse em