De que forma a mídia local aborda os temas relacionados à cultura em Salvador?
A Identidade é um conceito construído e trabalhado no dia-dia. O modus vivendi, a fala, a culinária, as relações interpessoais, a vida cotidiana em e também a história constroem esse conceito, que não pode ser estático. Segundo Canclini, a “Identidade é uma tarefa constante” e, ele consegue expressar essa idéia formativa dizendo que:
“A Identidade é uma construção que se narra. Estabelecem-se acontecimentos fundadores, quase sempre relacionados à apropriação de um território por um povo ou à independência obtida através do enfrentamento dos estrangeiros. Vão se somando as façanhas em que os habitantes defendem esse território, ordenam sues conflitos e estabelecem seus modos de convivência a fim de se diferenciarem dos outros” (Canclini, as Identidades como espetáculo multimídia, UFRJ 1999).
A manutenção dessa visão da cultura baiana obedece a lógica turística da “Industria sem chaminé”. Como diz o Prof. Renato albergaria (Professor de antropologia da UFBA) “... somos baianos quando nos convém”. Como principal chamariz desenvolvedor do nosso estado, a mídia local encara a cultura de forma espetacular e comerciável, facilmente vendida para o mercado turístico, reunindo de um lado a hospitalidade praieira, a malemolência , a historicidade e do outro, o shows, a intensificação da vida noturna, os mega eventos. A configuração identitária e cultural baiana, acaba por obedecer essas lógicas de mercado. Sobre isso, o