Bacteria de cao e gato
ANATOMIA DA PELE E SUA RELAÇÃO COM A INFECÇÃO BACTERIANA
Doenças bacterianas da pele são vistas com mais freqüência em cães do que em qualquer outro mamífero. A maioria dos fatores conhecidos como potencialmente envolvidos no aumento desta suscetibilidade à piodermite são certas diferenças anatômicas quando comparadas com outras espécies.
O fino e compacto extrato córneo canino (figura 2.1) - com seu material intercelular esparso e rico em lipídeos - representa uma barreira epidérmica pouco eficiente contra o potencial invasor de bactérias entre os folículos pilosos, acarretando uma freqüência aumentada da área de infecção bacteriana superficial.
Infecções superficiais do folículo piloso representam o grupo mais comum de doenças bacterianas da pele nos cães. Conseqüentemente, o folículo piloso, no cão, deve ser considerado como uma porta de entrada de bactérias. Mason e Lloyd consideram que uma falha na estrutura do tampão lipídico-escamoso epitelial no óstio do folículo piloso canino pode favorecer o aparecimento de foliculites superficiais em cães.
MICROFLORA NORMAL DA PELE E PÊLO DO CÃO
A flora microbiana da pele é composta de bactérias residentes e transitórias. As bactérias residentes multiplicam-se sobre a superfície da pele e no folículo piloso, mantendo uma população estática e consistente, e são consideradas como comensais inofensivos. As bactérias transitórias provavelmente proliferam na pele em locais ou membranas mucosas e sob circunstâncias normais não podem competir de forma eficaz com a flora residente estabelecida, para assegurar um nicho ecológico. O número total de bactérias residentes encontradas na pele normal do cão não é grande. Ihrke e outros pesquisadores encontraram uma média geométrica de apenas 329 organismos/ cm` em 15 cães normais.
Examinando a flora bacteriana de 10 cães as principais bactérias encontradas foram Micrococcus, estreptococos aa-hemolítico e Acinetobacter sugerindo pela presença uniforme